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13/07/2016

OFICINA EXPLICA E CAPACITA INTERESSADOS EM “JUSTIÇA RESTAURATIVA”

Você sabe o que é justiça restaurativa? Se sabe, a “Oficina de descoberta: Justiça Restaurativa”, que será realizada no Instituto Casa da Cidade no dia 6 de agosto, ajudará a aprimorar seus conhecimentos. Se não sabe, a oficina vai deixar tudo muito claro ao explorar a mudança de paradigma proposta pelo movimento da justiça restaurativa, seus valores e princípios, e seu potencial de transformação de relações individuais e coletivas.

Segundo o juiz Asiel Henrique de Sousa, do Tribunal de Justiça do Distrito Federal e dos Territórios (TJDFT), pioneiro na implantação do método no país, justiça restaurativa é uma prática que está buscando um conceito. “Em linhas gerais poderíamos dizer que se trata de um processo colaborativo voltado para resolução de um conflito caracterizado como crime, que envolve a participação maior do infrator e da vítima”, disse o juiz em entrevista à Agência de Notícias do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) (leia a entrevista na íntegra para mais informações).

Em funcionamento há cerca de 10 anos no Brasil, a prática da justiça restaurativa tem se expandido pelo país. Conhecida como uma técnica de solução de conflitos que prima pela criatividade e sensibilidade na escuta das vítimas e dos ofensores, a prática tem iniciativas cada vez mais diversificadas e já coleciona resultados positivos.

Asiel explica que são utilizadas algumas metodologias como a mediação vítima-ofensor, que consiste em colocar as partes em um mesmo ambiente guardado de segurança jurídica e física, com o objetivo de que se busque ali um acordo que implique a resolução de outras dimensões do problema que não apenas a punição, como, por exemplo, a reparação de danos emocionais.

Em São Paulo, a justiça restaurativa tem sido utilizada em dezenas de escolas públicas e privadas, auxiliando na prevenção e no agravamento de conflitos. No Rio Grande do Sul, juízes aplicam o método para auxiliar nas medidas socioeducativas cumpridas por adolescentes em conflito com a lei, conseguindo recuperar para a sociedade jovens que estavam em conflito com a Lei. No Distrito Federal, o Programa Justiça Restaurativa é utilizado em crimes de pequeno e médio potencial ofensivo, além dos casos de violência doméstica. Na Bahia e no Maranhão, o método tem solucionado os crimes de pequeno potencial ofensivo, sem a necessidade de prosseguir com processos judiciais.

A resolução 225, de 31 de maio de 2016, do CNJ dispõe sobre a Política Nacional de Justiça Restaurativa no âmbito do Poder Judiciário.

JustiçaRestaurativa5A responsável pela formação na oficina que acontecerá na Casa da Cidade será Maristela Carrara, que possui dez anos de experiência no campo da Justiça Restaurativa, tendo trabalhado com projetos e iniciativas no Canadá por cinco anos. No Brasil, lecionou na Escola Paulista da Magistratura e prestou consultorias para os Tribunais de Justiça do Rio Grande do Sul e Minas Gerais, além de apoiar iniciativas de base junto à ONGs engajadas com a Justiça Restaurativa. Atualmente desenvolve um projeto de pesquisa sobre a implantação da justiça restaurativa no maior presídio brasileiro, tendo apresentado resultados parciais no Congresso Restorative Justice in Motion, organizado pelo Instituto Zehr nos Estados Unidos. Os interessados devem preencher o formulário de inscrição. O custo é de R$ 60,00.

OFICINA DE DESCOBERTA: JUSTIÇA RESTAURATIVA
Dia 6 de agosto de 2016, das 10h às 13h
Local: Instituto Casa da Cidade
Rua Rodésia, 398, Vila Madalena
São Paulo – SP

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